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Formato móvel é flexível, mas requer jogo de cintura

Se modelo que virou febre em alimentação proporciona custos mais baixos que os de loja fixa, também exige do franqueado disposição para mudar de ponto sempre que seja necessário.

As unidades móveis de alimentação - os food trucks - atendem a necessidade de consumo rápido, de qualidade e fora do lar, e por isso as franquias desse modelo viraram mania desde que as regras para a comida de rua foram estabelecidas em São Paulo e outras cidades. “Há muito o que explorar com este conceito, que parece mais divertido a glamouroso para o consumidor”, afirma a diretora da consultoria Vecchi Ancona Inteligência Estratégica, Ana Vecchi.

Entre as vantagens, a especialista destaca o custo de ocupação e o investimento, em geral mais baixos que os de uma loja de shopping ou mesmo de rua, e a possibilidade de levar a marca até os locais de maior concentração de público. Em algumas áreas, há cobrança de aluguel pelo espaço, mas o valor tende a ser menor que o de uma unidade fixa, uma vez que o locatário só paga pelos dias em que utilizar a área. E há locais que não cobram aluguel e sim uma taxa de administração ou limpeza.

Mas há questões que merecem atenção, alertam os especialistas. Por funcionar ao ar livre, não deixa de ser um negócio sazonal: chuva e frio podem afastar clientes. O franqueado também precisa estar atento à segurança dos locais onde estaciona. ”Não pode ser encarado como um negócio fácil”, ressalta Ana.

De acordo com a diretora, os food trucks de hambúrgueres são os que têm registrado as maiores filas, seguidos por aqueles de salgados rápidos, como as coxinhas, com tíquete médio mais barato. As culinárias italiana e japonesa também emplacam bem, diz.

Os sócios da Só Coxinhas perceberam o potencial do salgado que ofereciam nos buffets de Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, e transformaram o negócio em franquia móvel. “Queremos fechar o ano com pelo menos dez carros, o dobro do que temos hoje”, diz Juliana Nagy Caltabiano. O investimento inicial é de R$ 130 mil e inclui a taxa de franquia, a customização do veículo com plotagem e adereços e os serviços de comunicação. O retorno é estimado em 12 meses.

O restaurante de comida mexicana Los Cabrones também apostou nas ruas e, sete meses depois, tem 12 franquias comercializadas dentro e fora de São Paulo. O objetivo é atingir a marca de 30 até junho de 2015. O investimento inicial é de R$ 67 mil, valor que, segundo os critérios da Associação Brasileira de Franchising (ABF), caracteriza uma microfranquia. O faturamento pode chegar a R$ 45 mil mensais, com lucro líquido de 20% a 35%, segundo a rede.

Paulo Stoque, ex-gestor de uma concessionária de veículos, é o mais novo franqueado da rede. “Em um ano quero mais um food truck deste e depois, de outros tipos de comida, afirma.

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