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A arte de contar histórias.



O “era uma vez” dos contos de fadas deixou de ser regalia apenas do dia a dia das crianças. As histórias também passaram a fazer parte do mundo dos adultos, no ambiente coperativo, como uma técnica para sensibilizar seus públicos e angariar novos clientes.


Conhecida como storytelling, a técnica é, geralmente, realizada por meio de recursos audiovisuais e transforma o produto ou serviço de uma empresa em uma história com a qual se gera vínculo afetivo, emocional.


“Trata-se de um modelo de comunicação que desperta os anseios para conquistar a atenção de novos clientes e dá mais confiança para os que já foram conquistados”, explica Ana Vecchi, consultora.


Rodrigo Cogo especialista em storytelling, explica que, antes de pôr em prática a técnica, é preciso entender o cenário, identificar o que precisa ser dito, para quem, em que contexto e com ajuda de qual canal.


Ana complementa que esse processo de pesquisa é fundamental para um bom resultado.


“Para contar uma história, as academias precisam saber quem são os clientes, descobrir as expectativas e as necessidades, o que os leva a frequentá-las todos os dias, para saber como encantá-los. É preciso envolver todos os públicos da academia, explorando uma narrativa mais empolgante de cada um deles.”



Escolha Certa


Na hora de escolher uma narrativa, as academias tem duas opções: a ficcional ou a real. Na narrativa ficcional, os passos envolvem a criação e roteirização da história em que os personagens são delineados, a trama de contato entre eles é escolhida, seguido por eventos incidentes e desfecho.


“A narrativa ficcional baseia-se tanto na capacidade criativa do roteirista, quanto na busca por aproximação com experiências da vida, para tentar trazer verossimilhança que não é a verdade estrita e comprovável, mas uma história que tenha todos elementos para ser entendida como válida”, explica Cogo.


Já a narrativa real ou de experiência mostra os relatos de vida das pessoas, que são coletados e depois organizados para ser difundidos pelas academias.


“Para tornar uma história real atrativa, é preciso que seja contada em primeira pessoa, que existam pontos místicos que tornem a narração universal, com mais chance de ser entendida pelo maior número possível de pessoas e também que os estilos dos depoimentos sejam mais intimistas”, complementa Cogo.



Encante seu público


O storytelling é um recurso que tem o poder de inspirar as pessoas, já que rememora fatos ocorridos na vida de alguém, que podem servir como exemplos do que fazer ou não em suas próprias trajetórias.


De acordo com Ana, se o aluno não encara a academia como um espaço para promoção e obtenção de saúde, o serviço oferecido pelo estabelecimento entra no quesito supérfluo e pode ser descartado a qualquer momento.


“Se a academia usa o storytelling como ferramenta de comunicação, consegue sensibilizar a pessoa e mostrar os motivos pelos quais ela deve voltar lá todos o dias, gerando emoção, criando expectativas e encantando.


Cogo complementa que uma das formas de motivar os alunos é trazer histórias de superação de outras pessoas em tempos passados, para que sirvam de incentivo à continuidade dos treinos e ao alcance de resultados similares.



Cuidado com os erros


Um dos principais deslizes cometido é que, muitas vezes, a realidade mostrada em um storytelling não é a mesma que o aluno vivencia diariamente.


“Quando a realidade não é a mesma, a emoção é quebrada. A promoção da fidelização do cliente só acontece a partir do momento que o visto no storytelling pode ser comprovado”, fala Ana.


Outro erro muito comum é expor somente pontos positivos. “Ao colocar só depoimentos de sucesso a história se torna pouco convincente e menos atrativa para os públicos”, pondera Cogo.



Dicas úteis


A mudança da história, para Ana, deve acontecer a cada dois meses. “A frequência dependerá do porte da academia e o canal onde será vinculada. A história pode ser transmitida no site, relacionando-se com os clientes ligados diretamente com as academias, ou pode ser veiculada na televisão para outros públicos. Para cada uma, é realizada uma estratégias diferente”.


“Há empresas que utilizam storytelling em formato impresso numa determinada editoria de jornal ou revista interna. A periodicidade depende da publicação onde a história é sediada e, neste sentido, não tem um início, meio e fim. É um espaço permanente para a difusão da história”, completa Cogo.


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