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É hora de montar o estoque para empreender no segmento de moda praia.



Vem chegando o verão... E novas oportunidades de negócios surgem com ele. Quem quer lucrar com a estação pode apostar na venda de biquínis, chapéus e acessórios, entre outros produtos que fazem sucesso no mar e nas areias. E não é preciso criar uma moda praia própria para entrar no varejo. A dica para os iniciantes é apostar na revenda de grandes marcas para começar já neste ano.


"A maneira mais assertiva é investir em marcas que já existem e têm capacidade produtiva, negociando no mercado de atacado. As confecções de moda praia de Cabo Frio (Região dos Lagos) vendem para várias multimarcas e representantes comerciais", orienta Fabiana Pereira Leite, coordenadora do Sebrae/RJ.


Aos 35 anos, a empreendedora Alessandra Campello passou por esse caminho.


"A Jangada começou com nós mesmos fazendo revenda. Quando vimos a necessidade de começar a vender peças próprias para diminuir o custo, fizemos uma facção (quando o empreendedor escolhe tecidos e modelos, mas encomenda o serviço a uma fábrica). Depois foi que abrimos nossa fábrica mesmo", conta ela, que, com 16 anos de mercado, tem mais quatro lojas físicas e e-commerce.


Agora do lado de lá, a Jangada é responsável por uma parte das cinco milhões de peças anuais feitas em Cabo Frio, a cidade com a maior produção do segmento no Estado do Rio. Por isso, pesquisar no município é uma dica para os revendedores, mas não sem antes planejar os passos, aponta Ana Vecchi, diretora da consultoria Vecchi Ancona - Inteligência Estratégica.


"É preciso fazer um plano de negócios que analise o mix possível de produtos, o que é pretendido e o que será o carro-chefe, além de pensar no perfil do público-alvo", diz.



Loja física, parcerias ou e-commerce?


Para aproveitar a demanda deste ano, é bom abrir as portas do negócio até o início de outubro – seja uma loja física ou virtual.


"Com a crise econômica, há uma grande oferta de pontos sendo repassados. Encontrando um que abrigue o negócio, dá tempo de montá-lo até o mês que vem, com um ar despojado", diz Ana Vecchi.


A venda virtual permite um gasto menor, mas impõe desafios, como ter estrutura para atender o Brasil inteiro. Mesmo assim, foi a escolha de Renata Mesquita, de 29 anos.


"A Magníficas tem uma página no Facebook e faço biquínis por encomenda. É um serviço personalizado. Tiramos as medidas, quando preciso. Então, quem tem busto grande e não encontra um sutiã em loja gosta da oferta."


Segundo a consultora da Vecchi, as vendas ainda podem ser feita por meio de parcerias. Neste caso, é bom expor itens em salões de beleza e clínicas de estética, por exemplo.



Não só agora. Olhe para o futuro


Iniciar as operações o quanto antes permite que, até as vendas decolarem – em novembro e dezembro –, sejam feitos alguns ajustes necessários ao negócio. Mas, além do “aqui e agora”, é bom manter um olho no futuro. Esse foco pode levar à exportação de produtos, de acordo com André Limp, supervisor de Projetos Setoriais da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).


"Nossa moda praia tem atributos muito valorizados no exterior: modelagem, criatividade, qualidade e lifestyle (estilo de vida). Como temos muita experiência e história de praia, a marca é vista como sofisticada e criativa. E diversas pequenas empresas exportam", diz Limp.


Da parte dos empreendedores, basta, em princípio, ter vontade. A Apex-Brasil tem programas para preparar as empresas para a internacionalização.


"A empresa deve pensar no planejamento estratégico, no modelo de negócio, como cadeias de varejo e os representantes comerciais, e numa estrutura interna que suporte esse tipo de operação ", afirma.




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