A delícia e o veneno das mudanças

Uma marca deve ter exposição, ser vista, ser reconhecida e para isso nada melhor do que uma loja física, exposta ao público, aberta, disponível e atrativa para receber e encantar consumidores. Tocar o produto é importante. O mercado de hoje, entretanto, não se limita à comunicação direta com o público apenas pelo espaço físico. As vendas online não param de crescer, aliadas à mudança de comportamento e cultura das pessoas, cada vez mais conectadas a aplicativos, delivery e o market place entre marcas. A cultura do compartilhamento vai de espaços de coworking a bicicletas e cada vez mais se muda a “compra” pelo “uso”, ou o “ter” pelo “usufruir” apenas. Roupas femininas, como exemplo, são trocadas, compradas usadas ou compartilhadas para uso esporádico em redes virtuais, muitas vezes com os negócios alavancados por influenciadores que até ontem ninguém conhecia. Ao consumidor que muda seus hábitos, some-se os custos dos espaços físicos, impactando até grandes redes que passam a rever seus canais e estratégias, que por sua vez impactam os shoppings que mudam seu conceito e assim segue a dinâmica do mercado, num ciclo que puxa outro, cada vez mais rápido, mas onde está claro que o consumidor quer encontrar “tudo em todos os canais”. Olhando para esse cenário, temos a certeza de que muita coisa mudou rapidamente e outras mudanças nos atropelarão daqui a pouco. Marcas devem oferecer propósito, experiências, processos e tecnologia. A mudança começa na transformação da mentalidade e na forma de entender esse novo mercado e suas exigências. As estratégias devem ser revistas com uma visão que não seja apenas a dos dados históricos. O futuro é e será muito diferente do passado recente. Sua empresa já pensou nisso?