top of page

Quer abrir um negócio sem largar o emprego? Veja como empreender em meio período

Em busca de complementar a renda ou de fazer a algo que dê mais prazer, muitos resolvem empreender, mesmo que não possam se dedicar integralmente a isso. As oportunidades existem, mas este empreendedor deve saber que os desafios são grandes e a geração de receita costuma ser proporcional ao tempo investido.


Para Paulo Ancona Lopez, da Ancona Consultoria, dedicar apenas meio período a um negócio não é o mais indicado, principalmente se é algo novo e que está em fases de validação.


“No entanto existem empreendimentos que não estão diretamente ligados ao público ou que podem ser desenvolvidos de casa ou à distância, e então podem ser empreendidos por meio período, como por exemplo prestações de serviço ou trabalhos ligados a vendas e representações”, indica.


Algumas perguntas são essenciais no início do empreendimento, em especial para quem pretende trabalhar nisso em meio período. Quanto do tempo será dedicado aos contatos comerciais, quanto de execução do trabalho e organização das demandas? Quanto para a gestão administrativa e financeira?


Majoritariamente, o que os especialistas observam é que as pessoas que empreendem em meio período geralmente estão em busca de uma segunda fonte de renda, além do emprego que já possuem.


Escolha bem onde empreender


A escolha de onde empreender também deve vir da identificação destas competências e habilidades.


Mesclar conhecimentos distintos e uma mesma admiração foi o que moveu Dayane Dall’Ago e Louise Bueno a abrirem a La Lou Design. Dayane é oceanógrafa e trabalha como Analista Ambiental e Louise é designer e trabalha há sete anos com mercado de luxo, as duas em Balneário Camboriú. O interesse por botânica era algo em comum. “Foi assim que unimos meu conhecimentos em meio ambiente e os de Louise de decoração e design”, conta Dall’Ago. Elas fabricam vasos de concreto artesanalmente e já possuem três coleções com assinatura da marca, além de mais de 30 modelos avulsos e sob encomenda.


As duas contam que não houve muito planejamento na hora de começar o negócio, apenas o desejo de empreender e ter uma renda extra. “O nosso “empurrão” inicial se deu através da participação de uma feira em nossa cidade, onde a boa aceitação e o feedback positivo das pessoas nos deixaram muito entusiasmadas para investir neste projeto”, conta Bueno.


Como começar a vender


Feiras e bazares podem ser uma boa oportunidade para quem quer expor seus produtos para um público variado. Os grandes centros, em especial, possuem várias feiras de artesanato e produtos de pequenos produtores fixas e itinerantes.


Dall’Ago e Bueno contam que organizar o tempo livre para cuidar da marca é um desafio. “Nós duas trabalhamos 9h por dia, durante todo o horário comercial. É preciso de muita organização para dar conta do trabalho e da marca própria. Quando precisamos comprar material, por exemplo, usamos os finais de semana ou nosso horário de almoço. Produzimos durante a noite e aos finais de semana. É uma correria só, mas vale a pena”, afirma Dall’Ago.

Trabalhar em equipe foi essencial para que a marca crescesse. “Levar um negócio sozinho é muito difícil. Com uma sócia, são duas mentes, idéias e visões diferentes, que se ajudam e se complementam. Para nossa marca por exemplo, é essencial, visto que participamos de muitas feiras e nossa produção demanda muitas etapas e tempo”, continua.


Além das feiras e bazares, a La Lou faz suas vendas online, pelo Facebook e o Instagram, e deve lançar um site no início de 2018. Além disso, as sócias estão fazendo parcerias com lojas que revendem seus produtos, como floriculturas e lojas de decoração. “Já temos parceria com lojas em Balneário Camboriú e em São Paulo. Nossa meta para 2018 é ampliar estas parcerias para revenda dos nossos produtos e inserir nossas peças e projetos de arquitetura”, conta Bueno.


Prestação de serviços pode ser uma boa alternativa


Entre os segmentos, o de prestação de serviços costuma ser o mais procurado por quem deseja empreender meio período, muitas vezes por não demandar uma infraestrutura específica e o trabalho poder ser feito até de casa.


Os serviços para a casa como de manutenção e reforma seguem em crescimento, como os maridos de aluguel que fazem pequenos reparos. O segmento de alimentação também é bastante buscado.


As datas comemorativas também são ótimas para o setor de alimentação e decoração.

Comprar uma microfranquia pode ser uma opção.


Dentro do setor de franchising, as microfranquias possuem opções de marcas que não exigem dedicação de 100% do tempo, com investimento inicial de até R$ 90 mil.


As microfranquias tiveram um crescimento considerável nos últimos anos. Só entre 2013 e 2016 houve um aumento de 45% no número deste tipo de modelo enxuto, passando de 384 para 557 redes. Dentre as redes que não trabalham com este formato, 36% afirma que tem interesse em desenvolvê-lo para os próximos anos. Os dados são da Associação Brasileira de Franchising.


Investir em uma microfranquia tem como atrativos começar com um negócio que já foi testado, já com um know-how formatado e uma marca conhecida pelo público, mas existem pontos importantes que pedem atenção.


Segundo Paulo Ancona Lopez, o caminho para se escolher uma franquia passa por análise de um estudo financeiro de viabilidade, de lucro estimado esperado e de tempo de retorno de capital.


“Além disso deve-se escolher um segmento que o agrade e tenha afinidade, uma franqueadora que lhe garanta a supervisão e know how necessários e de qualidade, e um ponto comercial estudado e adequado ao negócio e seu publico alvo”, finaliza.


Busque capacitação para o seu negócio


Estudar é uma constante para quem deseja abrir ou já tem seu próprio negócio. É possível encontrar cursos livres sobre empreendedorismo, tanto online como em hubs e coworkings.

Uma opção de curso mais acessível é o Empretech, oferecido pelo Sebrae, uma imersão de seis dias que busca identificar e potencializar as ideias e habilidades dos empreendedores.


Acesse a matéria na integra



bottom of page